-Damáris Lopes-
Na bondade que carrega
a turma da minha rua,
existe vermelho sangue
amarelo de amargura.
Na calçada desta rua
sob o velho pé de Ipê,
morte se esconde da lua
testemunha do porquê.
Meio fio, frio córrego,
vira brejo esquecido.
Mal sem base prolifera,
foi o tal do amor, banido.
Nesta fossa à céu aberto,
odor é dado menor.
A janela sem tramela,
licença dada ao bandido.
As portas desta rua
na verdade são cortinas,
tão fracas se vêem nuas,
overdose, adrenalina.
Na maldade que carrega
o outro lado da rua,
existe vermelho sangue,
sinal verde para tortura.
4 comentários:
Damada, isso TEM que ser publicado nalgum veículo de comunicação mais abrangente.
Merece ser lido por muita gente.
Crítica social com delicadeza.
Spre doce essa mulher!
Bjão
Adorei!
Estou pasma!!!!!!!
Encaixa-se perfeitamente com alguns lugares do Rio de Janeiro.
Aplausos!!!!!!!!
Amigas, Lis e Re, minha alegria de escrever é saber que em troca tenho o carinho de voces...
como isso vale, voce não tem idéia!
A vida é um incêndio:
nela dançamos,
salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
(Mário Quintana)
Desejo um lindo resto de semana com muito amor e carinho.
Abraços Eduardo Poisl
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