Sádica, a tarde esconde
dois entre escombros,
sem eira sem beira,
onde beiram quatro ombros.
Nu descaso - puro acaso,
amor maduro.
Terra molhada, telhado seguro,
resquício de chuva,
é corpo suado,
promessa, travessura.
Roçadas as pernas
invadem as portas
das tortas paredes
que segredam tortura.
Ouvem, restrito,
fonético gemido
em cio animal.
Rosto surpreso
ao outro que é preso
pelo prazer,
feroz encontro carnal.
Sádica, a tarde esconde
dois corpos num desejo
e, mordem alucinados,
lábios que antes
seriam só beijos.
2 comentários:
Amiga
Suas poesias entranham no sentimento.
bjs.
Eita...quando uma mulher como a "Professora Regina", deixa uma palavra...quanto orgulho, viu, amiga!
Damáris
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