Damáris Lopes
Dito pelo não dito
fotografo tudo
o óbvio, o esquisito.
Dia versus noite versus dia.
Sol que anda,
se esconde da lua branca,
acena, some de cena
e, não descansa.
Eu não mudo, tenho raiz na Terra,
outro planeta me desintegra.
Então, em terra
enterro minhas lembranças,
marco que sou
da manha da criança,
do adolescente ingrato,
do adulto embasbacado
que oculto.
Vire minha página,
serei talvez, breve futuro,
best-seller da velhice,
consagrado premio andarilho.
Na gaveta, verbo andar desvencilho,
giro chave à fechadura.
Enfático, o presente assegura
sou elo conectivo
e por up-grade da vida
sou também um arquivo.
6 comentários:
Somos arquivos ambulantes de alegrias, tristezas, saudades e experiências.
Beijo amiga.
Carácoles, Damada!
Denso, rascante, poética arguta, uma vida dentro dos versos.
Amei demais-mesmo-mesmo!
Bjs
Regina, amiga...vc não acredita, a idéia se definiu a partir exatamente dos que vc falou - somos arquivos ambulantes.
Li, quando a gente escreve acaba descobrindo o que foi fraco e o que gostamos mais. Eu também, do que tenho escrito este é um dos poemas que mais gostei.
Obrigada, meninas pela visita tão importante de voces.
Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
Pablo Neruda
Desejo um belo domingo e uma linda semana.
Abraços
Damáris... estou triste... fui tentar configurar meu BLOG e não consegui... deletei a poesia que voce gostou indevidamente e não sei configurar. Poderias explicar-me como voce fez o seu?... O fundo... não consigo mudar.
DESDE
--- MIS HORAS ROTAS ----
TE SIGO --AMARIS POESIA ----
COMPARTO
TU BELLO BLOG
CON UN FUERTE ABRAZO
DE IMAGINACION
Y FANTASIA
DENTRO.
AFECTUOSAMENTE :
JOSE
RAMON...
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